O que está visualizando no oócito?
Assim, que você recebeu o tubo após ovum pick up (OPU), filtrou o conteúdo e lavou o filtro na placa marcada da seleção, várias estruturas podem ser visualizadas sob o estereomicroscópio, entre si folículos pré-antrais e antrias pequenos, aglomeração de células livres, oócitos cercados por camadas de células de cumulus (estruturas de objetivo) e oócitos desnudos. Destaca-se os gametas femininos que você vai colocar nos tubos da maturação, o que tem?
Células de cumulus: o número ideal das camadas destas células somáticas é ≥3, essas células originadas de células cubicas formadas ao redor do gameta feminino que não forma a zona pelúcida ainda no folículo primário, e desenvolve as suas comunicações entre si e com o oolema (membrana do oócitos) a medida que os folículos desenvolvem em ondas foliculares atingindo o seu máximo no começo da formação do antro [1,2]. Essas células tendo missão nutritiva, além do seu papel na suspensão do núcleo oocitário até a ovulação e/ou a punção [3,4,5,6,7] (Número 1 na figura).
Zona pelúcida: uma camada glicoproteica (brilhante sob estereomicroscópio) formada durante os desenvolvimento folicular pré-antral e no microscópio eletrônico apresenta camadas de redes que lembra-se da esponja, tendo um papel no reconhecimento dos espermatozoide da mesma especeis na fecundação [8] (Número 2 na figura).
Espaço perivitelino: fica entre a zona pelúcida e o oolema e não é óbvio em oócitos imaturos de boa qualidade, e pode ser visualizado em oócitos maturados normalmente [9].
Ooplasma: a maior parte visualizada no oócitos tendo uma cor escura em oócito de boa qualidade (oócitos viáveis), esta core é devido à acumulação dos lipídios durante o desenvolvimento folicular [1,10], aliais esta acumulação é regularizada pelas células de cumulus [11] (Número 3 na figura).
Assim,
um oócitos viável tem mais do que três camadas de células de cumulus, zona pelúcida intacta e
ooplasma escura; como um reflexo de desenvolvimento folicular saudável, essa gameta tem uma chance maior de progredir para blastocistos in vitro e para uma cria após a
transferência de embriões.
Referência
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